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(continuação)

Mas os casos envolvendo objetos voadores não identificados durante conflitos armados não pararam com o término da Segunda Guerra Mundial. Logo após ela, os EUA se viram envolvidos em mais um conflito, a Guerra da Coreia. E novamente os UFOs surgiam para preocupar os comandos militares engajados nas sangrentas disputas. No palco dos bombardeiros dessa guerra tivemos muitos casos de intrusos misteriosos, todos cuidadosamente registrados. Documentos liberados por força da Lei de Liberdade de Informações norte-americana (Freedom of Information Act ou FOIA), e estudados pelo ufólogo e escritor inglês Nick Redfern, contêm pelo menos 10 casos extraordinários de avistamentos de naves por pilotos e marinheiros dos EUA.

Em seu livro The FBI UFO Files (Arquivos ufológicos do FBI), Redfern descreve que, na madrugada de 05 de março de 1951, pilotos norte-americanos faziam ataques surpresa à cidade de Fuxin quando surgiram nada mais do que 20 esferas luminosas no céu. O combate tornou-se o que alguns dos pilotos descreveram como uma “brincadeira de pega-pega” entre caças dos EUA, norte-coreanos e os próprios UFOs. Os aviadores conseguiam ver os objetos, mas os radares de seus aviões não os detectavam. Eles tentavam disparar suas armas, mas não conseguiam. Até hoje, mesmo com os documentos liberados, o governo nega que tais fatos tenham ocorrido.

No dia 22 de abril de 1953, o piloto Michael S. Brown foi perseguido por esferas metálicas quando estava sobre a cidade de Pungsan. A exemplo de como aconteceu durante a guerra anterior, sobre a Europa. Tais fatos começam a parecer repetitivos, mas os objetos não mais receberam o nome foo-fighters. Não foram somente as tropas norte-americanas que os viram durante o conflito. Segundo o jornal coreano Dagin Daily, de 18 de dezembro de 1952, o 5º Regimento de Infantaria Norte-Coreano observou um objeto discoide com três metros de diâmetro sobre um vale. Todos os soldados teriam permanecido no local até a chegada de dois oficias que relataram o caso ao general Xin-Li Po, comandante daquele regimento. Noutras ocasiões, há indícios de que os norte-coreanos atiraram contra UFOs, mas o governo do país jamais liberou informações concretas a respeito.

A Guerra do Vietnã também foi palco de avistamentos ufológicos. Ela se deu entre 1959 e 1975 e, segundo os norte-americanos, foi de natureza ideológica. Mas foi, na verdade, o mais polêmico e violento conflito armado da segunda metade do século XX, em virtude da determinação das guerrilhas comunistas do Vietnã do Sul, o chamado Vietcong, com o apoio do governo do Vietnã do Norte, para derrotar seu rival sulista. “Como não poderia deixar de ser, avistamentos de UFOs também aconteceram durante essa guerra e deixaram o governo norte-americano inquieto a ponto de um general declarar numa reunião no Pentágono que não mandaria seus pilotos decolarem se fossem feitos de tolos por estranhos objetos”, declarou o escritor e pesquisador Jerome Clark, dirigente do J. Allen Hynek Center for UFO Studies (CUFOS), dos EUA.

Um dos casos mais interessantes deste sangrento conflito foi relatado pelo tenente Haines Bishop, da 5ª Esquadrilha Fox de Artilharia, em julho de 1967. Ele pilotava seu caça sobre a cidade de Hoi Na quando foi avisado por rádio, pelos seus companheiros, que uma gigantesca bola luminosa estava em sua cauda. Segundo os outros pilotos, o objeto tinha mais de 10 m de diâmetro. Haines tentou escapar pensando que fosse alguma arma inimiga, mas não conseguia despistá-la. A perseguição durou cinco minutos, até que outros aviões se aproximaram e a esfera acelerou desaparecendo. Outro caso ocorreu com militares norte-americanos que faziam vigília num acampamento na mata, no Vietnã ocupado. “Ouvíamos explosões distantes e nossos aviões passando sobre nossas cabeças. De repente, três objetos luminosos em forma de pires apareceram do nada e ficaram sobre uma colina próxima ao acampamento”, disse um dos soldados.

Clark enviou a este autor um interessante relato que informa que, na manhã do dia 25 de março de 1971, três aviões dos EUA foram abordados por dois objetos discoides enquanto bombardeavam uma floresta vietnamita. Seus pilotos tentaram disparar contra os UFOs, mas seus instrumentos não respondiam ao comando. Esse é um fato relativamente comum durante guerras. Quando os pilotos, no ar, ou artilharias terrestres tentam disparar ou lançar mísseis contra objetos voadores não identificados, notam que seus equipamentos travam misteriosamente. Em alguns casos, projéteis lançados contra UFOs desviam-se inexplicavelmente do alvo ou simplesmente explodem antes de atingi-los.

Um ano após o fim da Guerra do Vietnã, o brigadeiro Joseph Lawrence Prest, deu uma entrevista à rede de tevê norte-americana ABC e respondeu ao repórter que havia lhe perguntado se os pilotos tinham observado UFOs durante o conflito. “Não só vimos, como fomos perseguidos por eles e também os perseguimos. UFOs podem ser muitas coisas, menos objetos de fabricação terrestre”. A declaração teve o efeito de uma bomba de artilharia pesada sobre os militares do Pentágono, que se esforçavam para conter a curiosidade da imprensa quanto ao assunto. Noutra entrevista, desta vez ao jornal The New York Times, o piloto da reserva da USAF Theodore Winfred, que lutou na Normandia, declarou que todos os relatos de avistamentos eram passados aos seus superiores. Disse ainda que a cúpula militar dos EUA estava mesmo interessada nesses avistamentos, “não importa que neguem”.

Desta forma, os conflitos globais continuavam. E com eles os UFOs iam e vinham. Na década de 80, tivemos duas guerras que, apesar de não serem mundiais, também atraíram a atenção de todo o planeta, e, mais uma vez, de nossos curiosos visitantes. “A guerra entre Irã e Iraque foi de 1980 a 1988 e vitimou milhares de pessoas. Esses dois países sempre tiveram governos muitos fechados e viviam sob forte ditadura. Portanto, informações sobre UFOs em seus territórios era algo quase impossível”, disse Paul Stonehill sobre a guerra entre aquelas nações. Stonehill é um dos maiores nomes da Ufologia soviética, apesar de viver na Califórnia. Ele se dedicou a pesquisar o assunto porque a extinta URSS teve participação decisiva no conflito.

Segundo apurou, um dos casos mais conhecidos que se tem notícia no Irã está em documentos oficiais do FBI, e descrevem a perseguição de um UFO em 1976 por dois caças Phanton II, da Real Força Aérea Iraniana, sobre a capital, Teerã. Stonehill forneceu dois relatos muito interessantes de objetos voadores não identificados durante a guerra entre Irã e Iraque. Num deles, ocorrido em maio de 1983, acreditando-se tratar de uma aeronave inimiga, patrulhas iranianas dispararam contra um objeto esférico com mais de 20 m de diâmetro, que cruzou a fronteira de seu país. No mesmo mês, vários aviões iranianos teriam sido perseguidos por UFOs, o que levou o comando militar local a abrir investigações. Forças iraquianas também registraram encontros com UFOs. Durante uma operação no deserto, baterias antiaéreas abriram fogo contra um anel luminoso. Mas fatos como esse, dado ao tipo de regime dos países onde ocorreram, são muito pouco conhecidos.

Também durante a década de 80 tivemos discos voadores agitando o cenário de uma guerra relâmpago, entre Argentina e Inglaterra, pelo controle das Ilhas Malvinas (para os argentinos) ou Falklands (para os ingleses). Apesar de curtíssima, ela também entrou no rol das que tiveram avistamentos de UFOs em plena luz do dia e durante sessões de bombardeio. Alguns casos são relatados por Redfern, em seu livro The FBI UFO Files. Um deles dá conta de que, em meio às incursões inglesas na ilha, Paul Brigtsson, piloto de um caça Tornado da RAF, foi perseguido por esferas de cor alaranjada.

No dia 28 de maio de 1982, em pleno conflito, dois aviões ingleses foram surpreendidos por um grande objeto discoide. Ao tentar alcançá-lo, os ingleses somente conseguiam se aproximar um pouco para, segundos depois, ver a nave acelerar de forma descomunal e sumir no horizonte. Documentos da CIA relatavam que o governo inglês abriu várias investigações para tentar esclarecer esses fatos e que em todos os casos os pilotos que relatassem algo incomum eram interrogados e submetidos a exames médicos.

Do lado argentino, os incidentes ganharam as páginas dos jornais. Na época, o coronel Charles Greffet, ministro da Defesa, citou alguns casos ao público. Em 26 de abril, como cinco soldados que estavam nas Malvinas dispararam contra um objeto que estava pousado num penhasco da ilha, pensando ser algo dos ingleses. No dia seguinte, outro avistamento se deu sobre o oceano. Nessa ocasião, a tripulação de um avião Mirage não conseguiu disparar suas armas contra 10 esferas que acompanhavam a sua rota. Em Buenos Aires, o jornal La Razón, do dia 08 de junho de 1982, descreveu como dois experientes pilotos viram uma grande nave enquanto faziam o patrulhamento na ilha.

Os jornais tiveram grande participação no conhecimento desses fatos pela população. O Diário do Povo da cidade de Tandil, do dia 13 de maio de 1982, por exemplo, descreveu o pouso de um UFO na base militar da cidade. Parecia que os militares argentinos estavam tão concentrados na estúpida guerra que desencadearam, numa tentativa desesperada e suicida de ganharem prestígio da população, que se esqueceram de censurar os meios de comunicação. Ufólogos argentinos relatam inúmeros acontecimentos que eram descritos pela tevê e emissoras de rádio do país. Os governantes ingleses foram mais prudentes e, atendendo à sua histórica tradição de combatentes, mantiveram a imprensa em silêncio.

A década de 90 teve início com mais uma guerra. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e eclodiu, então, a Guerra do Golfo. Pela primeira vez num combate eram utilizados equipamentos de alta tecnologia, mísseis teleguiados com precisão cirúrgica e instrumentos impensáveis em conflitos anteriores. A cobertura que a tevê faz da guerra também foi inédita. Redes de todo o mundo, principalmente a CNN, mostravam os acontecimentos praticamente ao vivo – e quando se têm imagens ao vivo, não se pode censurá-las. Foi o que aconteceu no dia 30 de janeiro de 1991, quando o jornalista Willian Blystone, da CNN, disse com todas as letras que um objeto voador não identificado estava sobre Tel Aviv, capital de Israel. “Essa coisa vai cair na minha cabeça”, gritou. O Jornal Nacional chegou a noticiar que “…um objeto sem identificação surgiu nos céus de Israel”.

Durante as guerras, cada lado dos conflitos tenta derrubar tudo que não seja do seu time – algumas vezes, até mesmo isso acontece, o que é chamado de “fogo amigo”. Mas o que mais chamou a atenção dos ufólogos foram dois episódios nos quais UFOs teriam sido derrubados por tropas em combate. No dia 24 de janeiro de 1991, um objeto foi detectado pelos radares dos norte-americanos sobre o Golfo Pérsico. A ordem para abatê-lo foi dada pelo comando na região e vários navios a atenderam, incluindo o USS Wisconsin, o USS England e o USS O’Brien, além das fragatas inglesas Battieaxe e Jupiter. Todas as embarcações dispararam contra a misteriosa aeronave, que foi descrita pelos oficias como tendo o formato de um prato cromado e parecido com alumínio. O objeto emitia um som muito agudo e diferente dos aviões convencionais. Aquilo caiu no oceano.

Não há muitos detalhes sobre a ocorrência, infelizmente, que foi bem ocultada com o auxílio de diretrizes que regem momentos de guerra. Nestas ocasiões, alem da tradicional política de sigilo há ainda uma complementar e fortíssima determinação de que a revelação de fatos como esse por militares pode levar o infrator à corte marcial. Mas o segundo caso transpirou na lista de discussão interna da Mutual UFO Network (MUFON) na internet, a Mufonet, e causou excitação em toda a comunidade ufológica mundial. Segundo um e-mail que circulou na lista, uma fonte do alto escalão das forças armadas norte-americanas teria revelado que um caça F-16 derrubara um UFO sobre a Arábia Saudita, durante a Operação Tempestade no Deserto. O documento informava ainda que cinco nações tentavam encobrir o fato. Ainda segundo esta fonte, o objeto era circular e feito de um material muito resistente.

A nave teria entrado no espaço aéreo saudita e o piloto do F-16 teria começado uma perseguição imediata. Quando o avião estava a cerca de 5 km de distância do objeto, este disparou alguma coisa contra o F-16, que se desviou e disparou dois de seus mísseis. O UFO foi atingido em sua lateral, espatifando-se no deserto e sendo rapidamente alcançado por outros veículos. Todos os destroços foram recolhidos pelos EUA e enviados para análises. O fato foi insistentemente examinado e as autoridades questionadas sobre sua veracidade. Evidentemente, negaram. Mas não convenceram.

As notícias de aparecimentos de UFOs durante a Guerra do Golfo foram reveladas apenas parcialmente por meio de relatórios do Pentágono, liberados com muitas restrições por Washington. Mas os rumores de incidentes envolvendo discos voadores foram investigados por muitos ufólogos e jornalistas, entre eles o repórter inglês Anthony Edens. “A tecnologia de guerra dos EUA não foi superior somente a Saddam Hussein, mas também a alguns UFOs”, disse Edens. E ele vai ainda mais longe ao afirmar que, quando George Bush ordenou que os avistamentos fossem investigados, a CIA informou que desde a Segunda Guerra Mundial radares e, posteriormente, satélites operavam ao redor do mundo para detectar e rastrear UFOs. Aparentemente, o ex-presidente dos EUA não tinha conhecimento disso nem da gravidade do assunto.

Agora, em 2003, durante a Guerra do Iraque, a mais completa cobertura jornalística já montada durante uma guerra esteve presente no front de batalha, junto às tropas anglo-americanas e cobrindo seus avanços passo-a-passo, ao vivo para a tevê mundial. Como era de se esperar, também nesse moderníssimo conflito, UFOs foram registrados. As informações ainda estão chegando e sendo analisadas, já que a guerra acabara há poucos dias, mas já há fatos sólidos a serem narrados. Um deles aconteceu durante os bombardeios sobre a cidade de As-Zab As-Saghir (Que significa pequeno rio Zab, em árabe), quando vários objetos voadores não identificados foram vistos e permanecem não esclarecidos.

Essa notícia reacendeu a hipótese, muito propalada através da internet no ano passado, de que Saddam Hussein tivesse uma espécie de base secreta em um dos desertos iraquianos. Mesmo cientistas dissidentes do regime de Bagdá, ainda que sob risco de morte, já afirmaram que Saddam tem amplo conhecimento sobre a presença alienígena na Terra e chegou a construir um local tão secreto quanto a Área 51, no Iraque. Dinheiro para isso nunca faltou ao ditador, e condições tecnológicas idem, a julgar pela maneira como seus bunkers foram construídos para dar-lhe proteção em caso de uma guerra como essa que o depôs.

Segundo os primeiros relatórios que chegam do Iraque, após a guerra, alguns casos parecem ser impressionantes. Como se sabe, os céus do país foram ocupados por aviões norte-americanos e ingleses, e toda a alta tecnologia disponível no momento foi utilizada neste conflito, incluindo avançadíssimos sistemas de detecção de movimentos aéreos. O uso de instrumentos inéditos para rastrear o céu era necessário para se proteger, e nisso muitas coisas estranhas foram registradas. Mas como a coalizão anglo-americana usou dispositivos ainda totalmente secretos sobre o Iraque, é possível que os ufólogos tenham ainda muito trabalho para identificar os casos de UFOs legítimos daqueles de armas voadoras secretas – até porque, talvez a tecnologia de ambos não seja muito distinta.

Mas a pergunta que fica no ar é: como os governos envolvidos nas guerras que citamos encararam esses casos de possíveis e verdadeiros UFOs? Da única forma que sempre procederam: investigando tudo para seu próprio conhecimento e acobertando os fatos do público. Desde o imperador Carlos Magno, que punia até com a morte aqueles que relatavam tais eventos, até os fatos ocorridos durante a Primeira Guerra Mundial, todos os lados das batalhas tinham uma visão dos acontecimentos. Podiam não saber, a princípio, do que se tratavam aqueles objetos. Mas isso mudaria radicalmente na Segunda Guerra Mundial, quando os governos engajados chegaram a criar grupos de investigação do assunto. Já estava ficando claro que nossos problemas terrenos interessavam a nossos vizinhos cósmicos.

Rumores chegaram a circular após a Segunda Grande Guerra, de que Hitler teria abatido UFOs para usá-los em projetos bélicos e que estaria desenvolvendo seus próprios protótipos de discos voadores. Sua intenção, garantem alguns historiadores, era dispor de uma tecnologia imbatível contra seus inimigos. E essa é uma ideia que já passou também pela cabeça de russos e norte-americanos. Quem não gostaria de ter uma arma com as capacidades de um UFO? Afinal, sua tecnologia ainda transcende o imaginável por nossa espécie. Para o tenente-coronel Meiers, dos EUA, “…existem três tipos de foo-fighters. O primeiro seriam bolas de fogo vermelhas que aparecem sobre asas de aviões. O segundo voa à frente de nossas aeronaves e, o terceiro tipo, são grupos de 15 luzes que aparecem a distância, como uma árvore de Natal”. De qualquer forma, detêm uma tecnologia formidável.

Desde a última guerra mundial já passamos por outros 280 conflitos armados. Será que fomos observados por civilizações alienígenas em todas elas? Provavelmente, sim. Mas por que nos acompanham e que impressão esses nossos vizinhos têm a nosso respeito? Somos uma espécie evidentemente belicosa e ajudaria bastante a melhorar nossa condição se os governos abrissem mão de sua política de acobertamento e revelassem o que escondem sobre nossos visitantes. Mas isso não parece estar prestes a acontecer.

Em 1963, o ex-presidente John Kennedy, quando perguntado pelo repórter Bill Holden, a bordo da Força Aérea 1, sobre o que pensava a respeito dos UFOs, respondeu: “Eu gostaria de contar ao público o que existe sobre a situação alienígena, mas minhas mãos estão atadas”. As nossas também.

UFOs Durante a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil espanhola, que durou de 1936 a 1939, foi o acontecimento militar mais traumático que ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial. Nela estiveram presentes todos os elementos militares e ideológicos que marcaram o século XX. E os avistamentos de UFOs na Espanha não foram exceção. Vários são os casos relatados pelo pesquisador espanhol Javier Garcia Blanco.

No dia 05 de fevereiro de 1938, os soldados do batalhão que defendia a posição de Peñon de La Mata, em Granada, guardavam sua posição bravamente. Localizados numa altitude de 200 m, observaram um objeto parecido com um sombreiro mexicano prateado. Os raios de Sol eram refletidos em sua superfície metálica. O UFO deslocou-se lentamente, dando aos soldados a oportunidade de relatarem detalhadamente o objeto. “Visto por baixo, sua forma era exatamente como a de uma roda de carroça. Seu centro, de onde saíam estranhas vozes, parecia com a lente de uma câmera fotográfica e dava a sensação de profundidade”, disse um deles. Quando o objeto se aproximou ainda mais, puderam observar também janelas em sua lateral.

Cinco meses depois, outro destacamento militar também foi testemunha de um encontro insólito, desta vez com humanoides. O fato deu-se em Guadajalara. Eram 23h30 de 25 de julho de 1938, quando um tenente e seu ajudante desciam uma montanha em direção à cidade de La Alcarria. De repente, uma poderosa luz branca chamou sua atenção. Logo depois que desapareceu, um objeto discoide de 11 m de comprimento e 5 m de largura apareceu diante de seus olhos. O UFO estava a 60 m de distância e parecia estar suspenso a poucos metros do chão. O tenente descreveu-o assim: “Eram como dois pratos juntos, separados por uma linha escura. Da parte de baixo do objeto parecia descer uma coluna onde havia dois seres parecidos com humanos”.

Após isso, o objeto começou a projetar um círculo de luz azul no solo. Quando o raio de luz atingiu os militares, sentiram uma sensação de frio. Rapidamente, a luz apagou-se e a coluna subiu em silêncio. O pesquisador e autor J. J. Benítez também relata em seu livro A Ponta do Iceberg um caso envolvendo alguns moradores da cidade de Horcajada, que em maio de 1939 foram surpreendidos pelo aparecimento de um humanoide com pernas de metal. Uma das testemunhas, Adelaida Rubio, afirmou que a entidade aparecia sempre depois de um poderoso flash de luz azul e tinha o aspecto de um “estranho soldado”.

Dois meses depois, no dia 01 de julho, vários soldados sitiados em Cádiz testemunharam um objeto voador não identificado de 18 m de diâmetro. Quando o UFO passou lentamente sobre suas cabeças, sentiram uma sensação de extremo calor. O objeto posou a 30 m de onde estavam e de dentro dele saíram dois seres, um alto e outro baixo. Este segurava uma espécie de lanterna capaz de iluminar o ambiente, apesar de ser apenas meio-dia! Depois de se afastarem do UFO, os seres se viraram e entraram novamente na nave. O incomum encontro durou 15 minutos.

UFOs Durante a Guerra do Iraque

Apesar do pesado bombardeio que a coalizão anglo-americana executou na localidade iraquiana de As-Zab As-Saghir (Pequeno Rio Zab, em árabe), em 02 de abril de 1938, UFOs apareceram durante a noite e demonstraram não se importar com os acontecimentos. Apenas se interessavam em observá-los. Logo nas primeiras horas do dia, aviões bombardeiros B-52 abateram alvos fora de Kirkuk durante o mais pesado e maciço ataque ao estratégico centro petrolífero desde que a guerra começou. Bombas de fragmentação pesando quase 900 kg cada foram lançadas sobre Zarzi e outros locais do pequeno Vale de Zab, que fica no norte do Iraque. O local é conhecido pela comunidade ufológica por abrigar uma instalação militar secretíssima, conhecida como “a Área 51 de Saddam”, devido à fama da presença de aliens por ali.

“Os bombardeiros voaram tão alto que não puderam ser vistos pela população”, disse Ayesha al-Khatabi, uma das correspondentes do boletim eletrônico canadense UFO Roundup no Oriente Médio. Sua fonte iraquiana afirmou que muitas pessoas no vale ouviram o som das bombas caindo, depois uma série de explosões. Foram bombardeadas Zarzi e Qala Dizeh, mas não a fortaleza de Qalaat-e-Julundi, que fica a 7 km ao sul do Rio Zab. A tumba de um famoso imam (líder religioso) nas proximidades de Ishkut-i-Kurh também escapou ilesa, assim como a pirâmide do popular feiticeiro iraquiano Gimil-ishbi, em Altun Kopru.

De acordo com os comentários que circulam há anos pela comunidade ufológica do Oriente Médio, um disco voador teria sido abatido no Iraque durante a primeira Guerra do Golfo, em 1991, ou durante a operação Raposa do Deserto, em 1998. Saddam Hussein teria, inclusive, afirmado que concedeu um refúgio aos aliens capturados, permitindo a eles permanecer no país se ajudassem a neutralizar as vantagens militares tecnológicas desfrutadas por seus inimigos, os Estados Unidos, Inglaterra e Israel. Os aliens teriam sido instalados na base subterrânea de Zarzi ou na antiga fortaleza de Qalaat-e-Julundi. Mas estas informações nunca foram confirmadas oficialmente e nenhum dos ufólogos do Oriente Médio tem qualquer evidência de que sejam legítimas.

Zarzi fica a aproximadamente 70 km a oeste de Kirkuk, que é era o objetivo principal da milícia curda, a chamada Peshmirga. Foi lá que 2.200 paraquedistas da 173ª Brigada do Exército norte-americano atacaram e tentaram controlar a região, o que aconteceu com êxito. Depois da tomada de Chamchamal, a Peshmirga forçou as tropas iraquianas de duas divisões armadas para fora de Taqtaq, em 31 de março, e então, em 02 de abril, as empurrou para Kalak. Foi num ambiente de intenso bombardeio e fortes tensões entre a coalizão anglo-americana, iraquianos e curdos que os estranhos objetos voadores foram observados e acompanhados em suas atividades pelos militares aliados.

Em 05 de abril, as forças da coalizão tomaram uma ponte acima do Rio Khazer e permaneceram em Bahra, 40 km a leste de Mosul. Um pesado duelo de artilharia aconteceu na cidade de Mankubah, na mesma área. Segundo Ayesha, “o Peshmirga e os boinas-verdes norte-americanos formaram uma ferradura ao redor do vale, mas não o tomaram. Os iraquianos estavam a oeste de Bahra e recebendo as forças da coalizão com forte artilharia”. Apesar da pressão aliada, UFOs fizeram o que pareceu ser sua primeira incursão durante a guerra uma semana antes das forças da coalizão tomarem a ponte do Rio Khazer, em 27 de março.

Um objeto luminoso pairou acima da cidade santa de Najaf, com população de 560 mil pessoas, localizada aproximadamente a 100 km ao sul de Bagdá. Uma fotografia que mostra o objeto desconhecido, com soldados da 3ª Brigada e da 101ª Divisão norte-americanas apontando para ele, foi publicada no jornal Euronews, de acordo com ufólogo francês Thierry Garnier.

“O jornalista do Euronews não menciona nada sobre o objeto e atribui a destruição de um tanque aliado a uma implosão acidental”, informou Thierry. Outro ufólogo francês, Franck Marie, disse que a imagem foi veiculada primeiramente no site do Euronews à 01h30 de 28 de março, “mas foi imediatamente retirada do ar após apenas meia hora”. O também correspondente do UFO Roundup na região, Mohammed Hajj al-Amdar, declarou que o aparecimento do UFO causou grande excitação entre os xiitas que o viram. “Eles disseram que o objeto teria sido enviado por Allah, diretamente dos Jardins da Felicidade para proteger a Tumba de Ali”. Ali é o genro do profeta Mohammed, que tem seu sepulcro numa mesquita de cúpula dourada em Najaf, a cidade santa dos muçulmanos xiitas. A mesquita e o sepulcro escaparam milagrosamente ilesas dos bombardeios aéreos da coalizão.

Às 11h57 de 03 de abril, horário de Bagdá, minúsculos UFOs tubulares com uma espiral giratória ao redor sobrevoaram a capital iraquiana. As pequenas sondas teriam surgido sobre o subúrbio entre a Via Abu Ghrab e a Rua Qadisiya, ao redor de Parque Zawra. O ufólogo norte-americano Grady Croy afirmou que foi possível avistar os objetos durante uma transmissão ao vivo da rede de tevê Fox News, direto de Bagdá. “Enquanto assistia ao noticiário, vi muito claramente alguns destes UFOs. Entrei em contato com a Fox para saber mais a respeito, mas não falaram comigo”, disse Croy. Ele também calculou que os objetos pairaram durante cinco minutos sobre a capital, antes de desaparecerem.