Um dos aspectos mais controvertidos do Fenômeno UFO é, sem dúvida, o de contatos com tripulações de objetos voadores não identificados, conhecidos como contatos imediatos de 3º, 4º e 5° graus. Desde o início da chamada Era Moderna dos Discos Voadores, numerosos casos têm sido estudados pelos mais diversos pesquisadores do tema, sendo grande parcela desses contatos descartada por não resistirem a uma análise criteriosa. No entanto, o fenômeno da abdução passou a ser considerado um dos principais assuntos tratados pela Ufologia, principalmente os relatos de experiências sexuais entre seres humanos e alienígenas. Em casos como esses, em que fatos extraordinários acontecem, pela sinceridade das testemunhas e pelas evidências dos fatos – que somente afetam as convicções individuais daqueles que participaram, por vontade própria ou não, das experiências –, é possível saber com o que estamos lidando.
Vista pelo leigo, a questão pode ser resumida para o campo de meros atos sexuais a bordo de UFOs. Para os especialistas, no entanto, estamos lidando com experiências sofisticadas, em que alienígenas buscam intercurso com humanos por razões científicas e genéticas. Seja como for, esses casos eram muito raros até meados dos anos 50, quando então começaram a surgir as estórias de Howard Menger, um pintor que alegava manter contatos com seres alienígenas. Seu caso veio a público em 1956, quando ele disse ter encontrado uma linda venusiana sentada em uma pedra numa floresta. Embora tivesse somente 10 anos de idade, Menger se sentiu muito atraído fisicamente pela misteriosa criatura. Já durante a Segunda Guerra Mundial, servindo como soldado no Havaí, o homem teria encontrado outra linda alienígena de cabelos negros. “Embora eu me lembrasse vagamente da garota sentada na pedra, esta também emitia a mesma expressão serena e amorosa. Na sua presença eu sentia humildade e bondade, e também uma grande atração física por ela”, conta.
Em 1946, quando voltava para casa, em New Jersey (EUA), Menger encontrou novamente a garota da pedra, mas desta vez ela havia saído de um UFO vestida com uma roupa colante azul acinzentada, que delineava seu corpo perfeito. Depois de lhe informar sobre sua missão na Terra – divulgar o amor e a paz entre os homens –, a garota lhe deu um beijo no rosto. Menger chegou a lhe perguntar se voltariam a se ver novamente, obtendo uma resposta negativa. Mas ela prometeu que um dia ele conheceria sua irmã, uma venusiana encarnada na Terra. “Ela vai trabalhar com você e ficará ao seu lado por toda a vida. Você a reconhecerá assim que a vir”, confirmou a mulher.
Dez anos depois, vários seguidores de Menger o acompanharam até uma fazenda próxima a High Farm, na costa oeste norte-americana, onde apareceriam naves espaciais e tripulantes alienígenas. Certo dia, numa palestra naquela propriedade, Menger viu uma linda mulher no meio da multidão. Era Connie Weber, a tal venusiana encarnada, com quem mais tarde teve dois filhos.
Repercussão Mundial – Ufólogos conservadores ridicularizam as extravagantes afirmações dos contatados, como as de Menger, mas a maioria leva a sério os relatos relacionados com seres humanoides. Esses casos são conhecidos como contatos imediatos de graus elevados – do 3º grau em diante – e se diferenciam de tudo já visto anteriormente. O primeiro caso envolvendo relações sexuais entre humanos e extraterrestres que teve repercussão mundial e foi comprovado efetivamente aconteceu com o agricultor brasileiro Antônio Villas-Boas, mais tarde advogado e hoje falecido.
Sua história começou na noite do dia 05 de outubro de 1957, quando ele observou na fazenda de sua família, situada em São Francisco de Salles, no Estado de Minas Gerais, uma luz prateada e fluorescente sobrevoando à noite a propriedade. Dias depois, na companhia de seu irmão, mais uma vez ele avistou uma luminosidade intensa no céu, que pôde ser percebida durante vários minutos movimentando-se sobre a área da fazenda. Por volta da 01h00 da madrugada do dia 15 de outubro do mesmo ano, quando arava as terras com um trator, Villas-Boas novamente notou no céu algo parecido com uma estrela, que ficava cada vez maior e se aproximava rapidamente de onde ele se encontrava. Em questão de segundos o aparelho já estava pairando sobre ele, lançando uma luz fortíssima que iluminava tudo à sua volta.
O objeto tinha a forma oval e, logo depois de fazer descer um trem de pouso, aterrissou a poucos metros do trator, que de repente parou de funcionar. Villas-Boas tentou escapar correndo, mais foi logo dominado por vários tripulantes do UFO e levado a bordo do aparelho por uma escada que lhe pareceu ser feita de corda. Lá ele viu seres com vestes espaciais e usando máscaras. As criaturas tiraram sua roupa e passaram um óleo sobre o seu corpo. Em seguida, coletaram amostras do seu sangue com um tipo de tubo de ensaio, que deixou duas marcas no seu queixo, abandonando-o num quarto onde havia somente uma espécie de cama. Neste local Villas-Boas começou a sentir um cheiro estranho que o deixou enjoado, fazendo com que vomitasse. Alguns minutos depois, uma mulher nua, de cabelos loiros, com olhos finos e azuis, entrou no quarto. Sem dizer uma palavra, ela e Villas-Boas mantiveram relações sexuais, mas sem se beijarem.
Após o segundo ato sexual, ela coletou seu sêmen e o colocou num recipiente. Quando estava indo embora, apontou para sua própria barriga e depois para o céu, como se quisesse dizer que o seu filho nasceria num outro planeta. Os seres – que segundo o abduzido pareciam ser humanos, só que de baixa estatura – ainda mostraram a Villas-Boas o interior da nave antes de deixarem o mesmo próximo ao trator, quando então ele pôde acompanhar a partida da nave. Eram aproximadamente 05h30 da madrugada quando foi devolvido e sua experiência tinha terminado. Com o passar do tempo, Villas-Boas formou-se em Direito, casou-se e teve quatro filhos. Este caso foi investigado em todos os detalhes pelo médico Olavo Fontes – um dos pioneiros da Ufologia Brasileira. Um dos elementos mais impressionantes na experiência de Villas-Boas são as marcas escuras que começaram a surgir em seu corpo, cujas investigações indicaram como possível causa de um processo de intoxicação radioativa.
Com o tempo, enquanto as abduções aumentavam, casos como o de Villas-Boas também cresciam. Um fato interessante, ocorrido em 1968 e publicado no livro The Ufonauts (Os Ufonautas), de Hans Holzer, foi o de Shane Kurz, de Westmoreland (EUA).
A jovem observou um objeto cilíndrico na noite de 2 de maio daquele ano e meia hora depois do avistamento caiu num sono profundo. Quando sua mãe foi vê-la, às 04h00 da madrugada, ela não estava na cama, mas achando que poderia ter ido ao banheiro, não se preocupou. Na manhã seguinte, Shane encontrava-se deitada no leito, só que a porta da frente de sua casa estava aberta e haviam marcas de pegadas enlameadas até seu quarto. Um detalhe interessante é que ela estava usando chinelos sujos de lama. “Dois dias depois, percebi duas marcas avermelhadas no meu abdômen e uma linha no meu umbigo”, contou a moça. Outros sintomas foram notados posteriormente, como a sensação de estar com os olhos queimando e com seu ciclo menstrual desregulado, o que a levou a procurar um médico.
Em 1975, Shane foi submetida a uma hipnose regressiva, na qual relembrou fatos ocorridos naquela noite – era uma abdução. Ela recordou ter ouvido uma voz e avistado uma luz em seu quarto. Depois se viu indo para um local lamacento próximo à sua casa. Lá, um feixe de luz quente a levou para o interior de um UFO de forma ovoide. Dentro do objeto, Shane se viu numa sala parecida com um consultório, onde havia um ser com olhos negros e sem nariz, que disse que ela era especial. O ser ordenou que tirasse a blusa e se deitasse numa mesa. Enquanto falava com a criatura, a garota percebeu que havia outra entidade atrás de ambos. “Eles são parecidos, mas este tem um casaco longo. Estão pegando meu braço e me arranhando. Isso machucava. Tem um zumbido perto do meu ouvido e eu sei o que eles estão falando. Estão pedindo para eu relaxar”, recordou sob hipnose.
Após a experiência, Shane disse que o ser que a examinava – possivelmente o médico – a considerou uma boa reprodutora. “Ele me levou até outra sala, onde inseriu uma agulha no meu umbigo”. Um humanoide vestindo um cachecol, que ela achou ser o líder, falou que ela seria a mãe de um filho seu. Ela protestou raivosamente e, em seguida, o médico deixou a sala e o líder começou a se despir e a passar um óleo no peito e no abdômen de Shane, afirmando que isso a estimularia. “Ele tinha o corpo e as genitálias parecidos com os dos humanos”, relembrou. Após o ato sexual, a criatura a deixou ir embora e disse que ela não se lembraria de nada. O caso, como se vê, é bastante interessante e está bem documentado.
E está longe de ser o único. No início dos anos 80, várias ocorrências semelhantes foram registradas. Um desses episódios se deu com o brasileiro Jocelino de Mattos, com 21 anos na época, e seu irmão Roberto Carlos, com 13. Na noite de 13 de abril de 1979 – uma sexta-feira 13 e ao mesmo tempo Sexta-Feira Santa –, ambos caminhavam pelo bairro Jardim Alvitrado, em Maringá (PR), quando viram um objeto brilhante se aproximando. “Estávamos debaixo de uma grande árvore quando, de repente, caímos no chão. O estranho objeto se encontrava a uns 15 m de distância de nós e a 2 m ou 3 m de altura do chão. Ele flutuava silenciosamente. Isso foi tudo que eu me lembro, exceto pelo fato de ter ouvido um tipo de voz que dizia ‘o trabalho ainda não havia terminado’ e que eles voltariam”, recorda Jocelino.
Hipnotizado longamente em diversas seções que se iniciaram em 1981, o rapaz se lembrou de fatos incríveis. Ele disse que se sentiu atraído pela luz da nave e que, juntamente com seu irmão, andaram como se estivessem flutuando na direção dela, quando então desmaiaram. Após alguns minutos, sentiu alguém pegar seus braços e levá-lo até a nave. Eles estavam flutuando.
“Eu estava fascinado ao ver aquela porta se abrir ao meio e de dentro dela saírem dois seres, um de cada lado. Um deles pegou um objeto que não reconheci e o tocou no meu braço esquerdo. Depois ficou gesticulando para que eu entrasse na nave. Lá, fui até uma sala cheia de computadores, com uma espécie de mesa em display, com luzes diferentes”. Os seres então o levaram para um tour na nave. Foi a outra sala que tinha dois objetos cônicos, como ponta de foguetes, que pareciam ser os motores do disco voador. “Eles não faziam barulho algum. Já noutro compartimento havia figuras que se pareciam com as nossas fotografias, mas estavam presas à parede, como telas de televisão”. Quando chegaram a outro cômodo, cheio de equipamentos, como se fosse um hospital, os seres pediram para que Jocelino se deitasse numa espécie de cama e começaram a examiná-lo, coletando amostras da sua pele, cabelo e sangue. Por fim, as criaturas colheram amostras de esperma por meio de um aparelho de sucção, com um saquinho que se parecia com papel celofane. Em seguida o rapaz foi sentado numa mesa, onde um instrumento foi colocado na sua cabeça. Alguns minutos depois, uma mulher entrou na sala. Ela tocou Jocelino, acariciou-o e deixou-o excitado. Eles então tiveram uma relação sexual.
Depois de consumado o ato, ainda que a contragosto por parte de Jocelino, a estranha criatura feminina lhe disse “…talvez essa semente vingue”, e se retirou. Os outros seres asseguraram-no que tinham boas intenções e deixaram-no partir juntamente com seu irmão, que permaneceu inconsciente o tempo todo. Vale a pena ressaltar que Roberto Carlos só não participou das experiências porque não havia atingido ainda a idade sexual adequada para aquelas pretensões.
Este caso foi pesquisado pelo ufólogo e editor da Revista UFO A. J Gevaerd e a regressão hipnótica conduzida pelo médico e hipnoterapeuta Osvaldo Alves, que após este episódio literalmente enlouqueceu, doando à comunidade local o hospital que possuía na cidade de Mandaguari (PR), a 40 km de Maringá. Hoje ele continua na mesma cidade, onde presta serviços a pessoas necessitadas, inteiramente de graça. E, ao contrário do que aconteceu em outras ocorrências, esta foi detidamente estudada, sendo que alguns aspectos – tais como o avistamento do objeto por várias outras pessoas – impressionam.
Outros dois acontecimentos ocorridos no Brasil e que valem a pena ser destacados são o Caso Antonio Carlos Ferreira, de Mirassol (SP), e o sequestro do jovem José Inácio Álvaro, em Pelotas (RS).
O caso de Mirassol foi pesquisado pelo ufólogo Ney Matiel Pires e iniciou-se na madrugada do dia 28 de junho de 1979.
Com a ajuda de duas seções de regressão hipnótica conduzidas pelo parapsicólogo Álvaro Fernandes e auxiliada pelo falecido doutor Walter Karl Bühler, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV), os fatos vivenciados por Antonio foram expostos. Na época ele era um jovem negro de 21 anos de idade, que trabalhava como guarda noturno na construção da indústria Transmóveis Fafá, de propriedade do senhor Flamínio Dalul, em Mirassol. Na noite de 27 para 28 de junho daquele ano, Antonio, juntamente com o cão pastor Hongue, vigiava a empresa e o posto de gasolina anexo a ela, quando por volta das 24h00 viu um caminhão chegar ao local. O motorista – que pretendia ficar na cidade para a tradicional Festa de São Pedro – começou a conversar com o vigia durante algum tempo, quando de repente notou que o motor começou a falhar: “Ele estava dando três estalos e de repente afogou”, relatou.
O motorista, julgando ser alguma irregularidade no motor, resolveu seguir em frente, não pernoitando na cidade para não se atrasar muito, caso precisasse parar mais à frente. Às 03h00 da madrugada, Antonio, como de costume, picou seu ponto, amarrou seu cão, dependurou o relógio que trazia a tiracolo e dirigiu-se ao banheiro. Ao entrar, notou um estranho objeto que descia no pátio da indústria, planando à aproximadamente 60 m do local onde se encontrava. O rapaz pensou então em verificar o que seria aquilo assim que saísse do sanitário, e o fez, quando então se deparou com três seres de pequena estatura (pouco mais de 1 m), que o imobilizaram com uma luz vermelha proveniente de uma pequena caixa.
Segundo sua descrição, “… aqueles homenzinhos usavam um traje de cor branca e brilhante que cobria totalmente os seus corpos, inclusive a cabeça, não possibilitando qualquer observação externa”. Antonio também verificou que as criaturas traziam no peito uma pequena caixa e, nas costas, outra maior, que continha um tubo ligado diretamente a um capacete, na altura da boca e do nariz. “O traje dos pequenos seres possuía uma pequena insígnia do lado esquerdo, à altura do peito, no mesmo local onde normalmente usamos o bolso da camisa”, relatou. O aparelho que emitiu a luz vermelha era quadrado, com aproximadamente 15 cm de cada lado, tendo na parte frontal dois orifícios de mais ou menos três centímetros de diâmetro, por onde se projetava a claridade. A seguir, os seres transportaram o rapaz para o interior da nave, tendo o jovem a impressão de que flutuava em sua direção. Seus rastros, observados posteriormente, desapareceram a alguns metros do banheiro, tanto os de ida como os de volta.
Ao aproximar-se do objeto, o rapaz notou que o mesmo era de forma oval, com cerca de 2 m de base por 2,5 m de altura. Sua cor na parte externa era cinza-claro metálico, sem luminosidade quando estacionado. “O UFO apoiava-se sobre um tripé, do qual não foi possível observar detalhes. A porta era retangular e de pequeno tamanho, pois precisei abaixar-me para entrar nele”, declarou o ex-vigia. A parte interna era toda iluminada por uma luz vermelha difusa, possuindo um painel com inúmeros botões de controle. Os assentos eram minúsculos banquinhos de forma circular, apoiados em tripés, sendo todos acinzentados e sem encosto. “Havia na nave dois tipos distintos de tripulantes, mas todos com 1 ou 1,2 m de altura e cabeça anormalmente grande, quase o dobro da nossa”, descreveu.
Segundo Antonio, alguns seres possuíam a pele cor de chocolate, olhos grandes e pretos, sem cílios e sem sobrancelhas, puxados como os dos chineses. O nariz era comprido e meio chato, a boca grande e com lábios mais ou menos grossos, e o queixo fino e meio pontudo. Seu cabelo era do tipo “carapinha” e avermelhado. As orelhas também eram grandes e pontudas, sendo quase o dobro da nossa, em proporção. “Outros possuíam a pele de cor verde folha, cabelos pretos e lisos, nariz grande e fino, olhos verdes e puxados”, descreveu. A boca desses seres extraterrestres tinha lábios finos, com um queixo pontiagudo. E as orelhas eram enormes e pontudas.
Ao que parece, a sala em que Antonio se encontrava possuía várias repartições: as paredes eram metálicas e brilhantes, sendo que em uma delas havia um grande painel com luzes verdes e vermelhas. Já em outra foi notada uma pequena janela redonda, protegida por uma espécie de vidro avermelhado. Por duas vezes o moço aproximou-se dessa janela, sentindo-se apavorado por ver a Terra tão pequena e distante. Conseguiu também avistar pequenas luzes muito tênues, que pareciam ser de uma cidade. Contudo, não soube dizer qual seria. Observou depois uma parte da nave que girava em grande velocidade, emitindo uma luz vermelha seguida de um movimento pendular. Em seguida percebeu, no topo externo da nave, uma grande luz que girava sobre si mesma.
Na parede oposta à janela havia um grande quadro com estranhos desenhos esverdeados e brilhantes, semelhante a um mapa, que ofuscava a vista quando para ele se dirigia o olhar. A sala era profusamente iluminada com luzes de aspecto fluorescente, tendo na parte central do teto uma grande luminosidade amarela. Antônio recorda-se de que o piso da sala era de cor escura, em contraste com as paredes brancas e brilhantes. “Havia na sala muitos aparelhos. Recordo-me muito bem de um com forma retangular, tendo cinco botões esverdeados encimados por uma luz redonda e também verde, do qual saíam diversos fios. Esse aparelho parecia-se muito com um televisor, contudo não possuía a tela de projeção característica”. As criaturas puseram-no em frente desse aparelho, que segundo o rapaz era para tirar fotografia e parecia transmitir seus pensamentos e reações, pois sempre que se dirigiam a ele um dos seres manipulava os botões de controle.
Em outro setor da mesma sala, Antonio observou uma grande mesa com diversos bancos retangulares e redondos, de cor marrom- escuro, tendendo para preto. Próximo aos aparelhos havia uma espécie de divã, onde o rapaz foi colocado, deparando-se ele com uma extraterrestre, completamente nua, que demonstrava claramente suas intenções ao pegar em suas mãos. Pelas informações obtidas sob hipnose, a jovem tripulante seria mais alta que os outros seres existentes na nave, devendo sua altura situar-se entre 1,5 a 1,55 m. Possuía pele cor de chocolate e fria, cabeça grande, cabelos vermelhos mais ou menos “carapinha”, olhos pretos puxados, nariz comprido, fino e reto, uma enorme boca com lábios finos e apresentando dentes brancos, semelhantes aos nossos. Porém, apesar de aparência quase normal, tinha um hálito desagradável. Seu queixo era fino e grande. Tinha seios pequenos e possuía pelos vermelhos na região do púbis.
A jovem em momento algum dirigiu a palavra ao abduzido, mostrando apenas gestos de afeição, inclusive tentando beijá-lo várias vezes enquanto estavam juntos. Segundo o conceito do rapaz, a moça era muito feia e o contato com seu corpo dava uma espécie de choque elétrico muito desagradável. Segundo os estudiosos Pires e Fernandes, esse choque tanto poderia ser real como psicológico, causado pela repulsa que sentia por ela. Depois de colocá-lo no divã, os três seres tentaram tirar-lhe as vestes, mas ele as segurava fortemente. Devido à sua reação, deram-lhe algo para cheirar, forte e desagradável, que o enfraqueceu. Em seguida suas roupas foram arrancadas à força, sendo algumas peças rasgadas, principalmente sua cueca. A jovem tripulante, tentando aproximar-se para pegar novamente na mão de Antonio, foi violentamente repelida por ele, que não queria sua presença no local. A essa altura, aplicaram-lhe uma injeção numa das veias do seu braço direito, fazendo com que o rapaz ficasse totalmente inerte.
Em seu braço esquerdo foi colocado um aparelho, que não foi descrito por Antonio, pois dado à sua posição o jovem não podia observá-lo. Passaram-lhe também uns óleos escuros por quase todo seu corpo, nas pernas, nos órgãos sexuais, no peito, nas costas e na nuca. Depois fizeram com que ele mantivesse relações sexuais com a tripulante. Os outros seres o deixaram algum tempo sozinho com a jovem, quando então resolveram tirar o aparelho do seu braço esquerdo, vesti-lo e passar novamente o óleo em suas pernas, erguendo para isso suas calças. Durante todo esse tempo os tripulantes falavam entre si numa língua desconhecida. Contudo, quando dirigiam a palavra a Antonio, ele entendia perfeitamente por meio do pensamento. “Eles diziam que era para eu não ficar com medo, pois nada de mal me fariam e logo eu seria devolvido a Terra. Falavam também que eram de outro planeta e estavam aqui fazendo experiências. Eles queriam um filho meu para futuros experimentos”, desabafou.
Os seres então afirmaram que voltariam para raptar o ex-vigia outras vezes e a criança que ele gerou seria do sexo masculino. Quando viessem buscá-lo, lhe dariam três sinais para avisá-lo, mas não disseram quais seriam. Em dado momento, tendo Antonio sentido fome, os seres deram-lhe um líquido escuro e desagradável para beber. Terminadas as experiências, levaram-no para uma sala onde nada podia ser observado, devido à falta de iluminação. Neste local, o rapaz foi colocado na nave de transporte e devolvido a Terra. Quando deu por si, o UFO desaparecera e ele encontrava-se novamente ao lado do banheiro onde fora raptado. Nas semanas seguintes ao fato, Antonio percebeu que o cachorro que o acompanhava em seu trabalho começou a apresentar visíveis mudanças de comportamento. Não comia direito e não atendia as ordens que lhe eram dadas, embora fosse adestrado e obediente. O animal passou também a demonstrar medo ao se aproximar dos locais onde se deu a abdução. O abduzido teve ainda outros contatos com os seres alienígenas, que lhe disseram que sempre iriam ajudá-lo, mas que, no entanto, sua mãe estava atrapalhando-o.
O próximo caso a ser mencionado foi o ocorrido no dia 3 de março de 1978, com o jovem José Inácio Álvaro, às 03h00 da madrugada. A testemunha da ocorrência cursava o último ano de Eletrônica na Escola Técnica Federal de Pelotas (ETFP), no Estado do Rio Grande do Sul, e trabalhava numa indústria de alimentos.
O avistamento deu-se no bairro Fragata, naquela localidade. Nesta ocorrência, foi o próprio abduzido quem procurou a ajuda do ufólogo Luís Rosário Real, um dia após o incidente. Ele disse que procurava o estudioso – hoje falecido – porque acreditava que o fato estava relacionado com UFOs. Curiosamente, Inácio, que estuda em horário noturno, alguns dias antes de sua experiência havia sido incumbido de fazer uma pequena palestra sobre discos voadores… Ele preparou seu trabalho com o auxílio de um livro de Erich von Däniken, “Eram os Deuses Astronautas? ”, que apenas lera uma vez.
Atração Inexplicada – Pela sua narrativa, Inácio contou, um dia antes de sua abdução, que entre às 20h00 e 20h30, uma de suas professoras, ao perceber que a energia elétrica havia acabado, saiu de casa e viu um estranho objeto no céu. Ela chamou seu vizinho Orlando Costa e Silva, que estava conversando com Inácio na calçada, para conferir o avistamento. O mais interessante foi que eles descreveram o possível UFO como tendo formas diferentes. Minutos depois, quando a energia voltou, o objeto havia sumido, quando então os rapazes resolveram ir até uma lanchonete, de onde saíram por volta das 23h00.
Em seguida, a pedido do pai de Inácio, que estava viajando, foram até sua casa para verificar se a mesma estava segura. Ao saírem, decidiram retornar à cidade tomando um ônibus. Mas enquanto esperavam pela condução, estranhamente Inácio sentiu certa sonolência. Nisso, alguém cruzou pelos rapazes e informou que nenhum ônibus passaria ali àquela hora, o que fez com que os amigos se despedissem um do outro e Inácio seguisse sozinho para a Rua General Osório, onde tentaria tomar outro ônibus. Entretanto, inexplicavelmente, quando a condução apareceu, o rapaz não embarcou. Levado por uma força estranha, foi conduzido novamente para a casa de seu pai. Quando chegou à residência, já havia passado das 02h00 da madrugada do dia 3 de março, sem que ele tivesse sentido algo de anormal. Como sempre fazia quando o pai viajava, Inácio abriu a porta da casa e acendeu as lâmpadas. Depois, ficou em pé encostado na porta entreaberta da frente, quando olhou para o céu e avistou o mesmo UFO que observara horas antes.
Desta vez, o estranho objeto veio em sua direção e emitiu um feixe luminoso semelhante a “um fino raio de luz azulada”, conforme descreveu. O jovem ficou como que hipnotizado pela luz, passando a sentir em sua mente uma espécie de projeção, “como um filme passando rápido, no qual apareciam cenas de guerra, de mortes com baionetas e até de brigas entre meus familiares”, declarou. Depois, sem saber como, Inácio acordou no meio de um campo, a cerca de 1 km da casa de seu pai, deitado sobre um capinzal. Após a intrigante experiência, Inácio simplesmente não conseguiu se recordar do que havia se passado entre o momento em que se encontrava na casa de seu pai e quando acordou no campo. Lembrava-se apenas de que estava muito tonto e que, antes de levantar-se, pareceu ter ouvido uma voz através de sua mente, que lhe dizia algo relacionado com uma tarefa que teria para cumprir ou que já havia cumprido. Mas, ainda zonzo, ergueu-se para retornar à casa de seu pai e, para ter certeza de que não estava sonhando, bateu no próprio rosto e beliscou-se, pois, tudo isso lhe parecia fantástico e irreal.
Caminhando de volta, tentava pôr em ordem suas ideias, sempre vindo-lhe à lembrança o estranho raio luminoso que o objeto voador projetara horas antes. Mas sua dúvida era desconfortável sobre como havia ido parar naquele lugar (este é um lapso de tempo característico em ocorrências do gênero). Inácio só conseguiu encontrar o caminho de volta orientando-se pelas luzes do bairro e, chegando a casa, notou que a porta ainda permanecia aberta e as luzes estavam acesas, conforme as deixara. Consultando o relógio, viu que já passava das 04h00 da madrugada e pelos seus cálculos havia ficado pelo menos cerca de uma hora longe do imóvel. Só não sabia o que havia ocorrido nesse lapso de tempo. Ainda tonto, o estudante fechou a casa de seu pai e dirigiu-se para sua residência, no bairro Cohab. Quando lá chegou, o dia ainda não tinha amanhecido, por isso deitou-se um pouco, mas não conseguiu dormir. Sentia-se cansado e insone.
Enquanto revirava-se na cama tentando pegar no sono, Inácio percebeu uma luz, como um relâmpago, penetrar em seu quarto através da veneziana da janela. “Foi tudo muito rápido, apenas alguns segundos, e nesse meio tempo ouvi uma voz dizendo ‘sua tarefa foi cumprida… sua tarefa foi cumprida’, repetidas vezes”, declarou o estudante. Após isso, finalmente adormeceu. Mais tarde, ainda no mesmo dia, embora fatigado, Inácio foi trabalhar. Mas por mais que tentasse, não conseguia concentrar-se no que fazia, lembrando-se constantemente do episódio e passando a preocupar-se seriamente com a experiência que lhe sucedera. Precisava de uma resposta que esclarecesse o que lhe havia ocorrido e não tinha a mínima noção de como a obteria. Ansioso, aconselhou-se com amigos.
Posteriormente ficou sabendo da publicação de artigos sobre Ufologia no Diário Popular, o jornal da cidade, e decidiu procurar pessoalmente o pesquisador Luís do Rosário Real, da Sociedade Pelotense de Investigação e Pesquisas de Discos Voadores (SPIPDV), autor das matérias. Durante as sessões de hipnose conduzidas pelo doutor Palmor Brandão Carapeços, Inácio relatou sua experiência sexual com uma criatura extraterrestre. Numa segunda sessão, conduzida pelo hipnoterapeuta Pedro Reis Louzada para reforçar a primeira história, o rapaz contou sua abdução com mais detalhes. Ele disse que o ser feminino tinha dentes brancos e que quando colocava a mão sobre sua cabeça ele se sentia fraco e adormecido. Após o episódio que viveu, Inácio mostrou-se desde o início contra qualquer tipo de publicidade. Não queria ver seu nome nos jornais, alegando que essa promoção prejudicaria seus estudos.
Inácio chegou a esconder-se dos repórteres que o procuravam e até de seus colegas, negando sua participação no episódio, cujos rumores já se alastravam pela cidade. Foi necessária muita habilidade por parte do jornalista Deogar Soares, do referido jornal, para que Inácio concordasse em sair do anonimato em que se refugiara. O ufólogo Luís do Rosário acreditava que essa atitude da testemunha demonstrava sinceridade e honestidade de propósitos com relação ao fato que viveu. Evidencia ainda que ele não procurava promoção pessoal, o que eleva sua credibilidade. Depois da experiência ufológica por que passou, Inácio começou a apresentar problemas de comportamento na firma em que trabalhava. Nos primeiros dias da semana, mostrou-se apático e desatento. Constantemente ficava alheio a tudo, preocupado e com o pensamento voltado para o episódio vivido. Seu rendimento no trabalho caiu tanto que chegou a ser notado por seu chefe e por seus colegas.
Uma característica que podemos traçar neste ponto, com exceção do caso em Pelotas, é que em todos os outros episódios aqui comentados os abduzidos – tanto homens quanto mulheres – tiveram seus corpos cobertos por uma espécie de óleo escuro, que os deixava excitados para manter relações sexuais com os seres alienígenas. A técnica da regressão hipnótica foi empregada com sucesso em todos os casos aqui descritos, ainda que sua eficácia dificilmente seja aceita pelos críticos. Num extenso trabalho realizado sobre os casos de abdução ocorridos desde 1985, o ufólogo norte-americano Thomas Bullard verificou que os contatos alienígenas em que ocorrem relações sexuais são raros. Os estudos de Bullard foram divulgados em 1987, ano no qual os aspectos sexuais da abdução estavam no auge. A principal fonte que trata sobre esses casos pode ser encontrada no livro Intruders (Intrusos), do ufólogo Budd Hopkins, em que descreve certos eventos onde mulheres são fecundadas e depois inexplicavelmente seus fetos desaparecem. Mais tarde, elas são novamente abduzidas e tem a oportunidade de ver os seus filhos com feições alienígenas e terrestres.
Na obra, Hopkins fala que não conhece nenhum caso de relações sexuais envolvendo humanos e alienígenas. Os casos que pesquisou são todos de circunstâncias em que gravidez é feita artificialmente. Numa dessas ocorrências, uma abduzida se lembra de um sonho que teve onde fazia sexo com um homem estranho, com olhos engraçados e cabeça grande. Possuindo apenas 13 anos de idade, ela engravida, apesar de insistir que era virgem. Mais tarde a garota realiza um aborto espontâneo e inexplicado. Em outra ocasião, Hopkins escreveu que conheceu quatro homens que haviam mantido relações sexuais em suas abduções. “Se já é difícil para os homens abduzidos se lembrarem do que aconteceu e narrar suas experiências, imagine expor essa relação. É quase um estupro”, explica. Em duas ocasiões os homens descreveram suas amantes como sendo híbridas, e, noutra experiência, semelhantes criaturas eram do tipo gray (cinza). Outro pesquisador deste assunto, o doutor David Jacobs divulgou uma nova etapa no fenômeno da abdução em seu livro The Threat (A Ameaça): a interação de alienígenas nas relações sexuais humanas.
Por intermédio da hipnose e das lembranças conscientes de um grupo de abduzidos do Estado da Filadélfia (EUA), Jacobs delineou os contornos dessas experiências. “Quanto mais informações consigo, mas vejo o quanto é complexo este assunto”, afirmou. O estudioso descobriu que os alienígenas têm interesse na sexualidade humana. Algumas vezes os grays aparecem no quarto onde pessoas estão mantendo relações. Uma delas com certeza já foi abduzida, e mesmo que ele ou ela percebam a presença do ser, não conseguem parar, indicando que os alienígenas têm alguma espécie de poder que controla as nossas vontades. Frequentemente abduzidos relatam ter sido levados até locais no UFO onde encontram outras pessoas, que passaram por experiências semelhantes. Muitas vezes, nestes casos, os alienígenas deixam bem claro que querem que a vítima mantenha relações sexuais com quem encontra a bordo da nave, que muitas vezes nem conhece. Eles observam tudo atentamente, com uma curiosidade que transcende o interesse científico.
Os extraterrestres registram tudo que se passa durante o intercurso e olham profundamente nos olhos dos abduzidos quando chegam ao orgasmo. É bom enfatizar que essa não é uma situação prazerosa e que a maioria das pessoas se sente desconfortável ou traumatizada com o ato. Num dos casos de Jacobs, uma vítima de 15 anos foi forçada a fazer sexo com um homem de meia idade, cujos olhos estavam vidrados, nebulosos, sem foco. Após a experiência, mesmo sem lembrar-se do que aconteceu, as mulheres abduzidas têm apresentado estranhos problemas vaginais. Já os homens podem sofrer distúrbios sexuais, incluindo impotência e obsessão por sadomasoquismo, como consequência de seus encontros.
Jacobs explica ainda que durante a abdução, na comunicação entre os abdutores e as vítimas, e nas experiências de alteração de seu estado mental e emocional, os seres olham fixamente para os abduzidos. Depois de realizarem as experiências, o líder, normalmente o ser mais alto, fica perto da vítima e com seus olhos enormes e negros os fixa aos da pessoa e conseguem informações telepáticas dela. Ou colocam em sua mente o que querem. “Algumas vezes tais pessoas são induzidas a ter um orgasmo a partir de imagens holográficas inseridas em seu cérebro”, disse o estudioso, reconhecido como o maior especialista mundial no assunto. Outra forma de influência ocorre quando a um abduzido é feito acreditar que seu marido ou amante é um deles, mesmo que seu parceiro sexual seja um alienígena. Além disso, a penetração ocorre rapidamente, sem as premissas ou outro tipo de preparação. O objeto penetrante, que pode ou não ser um pênis, é geralmente fino e pequeno.
Um estudo feito pela publicação americana MUFON UFO Journal, com um universo de 215 ocorrências, descobriu que em 10 delas foram relatadas experiências sexuais com criaturas alienígenas – cerca de 5%. Nos 1.700 casos pesquisados por Bullard ele descobriu padrões diferentes para a abdução em relação à idade das pessoas. O maior interesse é quando a atividade sexual está aflorando e continua até os 20 a 30 anos, decrescendo quando os abduzidos ficam mais velhos. Nesta interpretação, as memórias verdadeiras são “trancadas” no subconsciente. A evidência, entretanto, é inconclusiva e problemática. A hipótese de que certos seres humanos têm relações sexuais com alienígenas é tão extraordinária e sem sustentação que uma explicação cética é inevitável. As pesquisas nessa área ainda estão engatinhando. Por agora, enquanto consideramos essas afirmações extremamente experimentais, não temos ainda qualquer tipo de explicação para tal, pois devemos pelo menos entender os limites do nosso conhecimento e, assim, aguardar por maiores detalhes.
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Thiago Ticchetti
Coeditor da Revista UFO, presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), diretor nacional da MUFON no Brasil, MUFON Field Investigator, MUFON STAR Team e ICER Brasil.